Foto – Divulgação ADEMI DF
Sistema de construção a seco consagrado em diversos países do mundo, o drywall tem grande potencial de crescimento no Brasil, associado à maior industrialização e sustentabilidade do setor da construção. Seu uso pode ser dinamizado especialmente no mercado imobiliário, em que a absorção de novas tecnologias e a busca por mais produtividade é cada vez maior. Esse tema foi apresentado por Macelly Pimenta, arquiteta e especificadora sênior pela Knauf do Brasil (foto), a empresários do segmento durante palestra proferida na reunião de diretoria da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF), na sede da entidade nessa quarta-feira (13/11).
“A construção a seco contribui para a sustentabilidade, pois é um modelo que gera menos impacto”, afirmou a especialista, destacando que esse método construtivo produz menos resíduos sólidos, otimiza processos e ainda emite menos CO² e poeira, contribuindo com o meio ambiente. “Os nossos produtos são certificados e aderentes à pauta da descarbonização da construção”, acrescentou. Em gral, o drywall não usa água, elemento de uso pontual e em volume mínimo. Industrializado, esse insumo chega pronto à obra, gerando uma construção mais rápida, limpa e sem o uso de argamassa.
Percorrendo o tema Desmistificando o Uso do Drywall e Suas Aplicações, a especialista apresentou um panorama desse insumo construtivo e dos produtos desenvolvidos pela Knauf do Brasil, subsidiária da empresa alemã presente em mais de 90 países e especializada em construção a seco. Com mais de 300 fábricas espalhadas pelo mundo e um faturamento global de €$ 12,6 bilhões, a companhia fabrica drywall, gesso cartonado, perfis metálicos, acessórios, contrapisos, fachadas internas e externas entre outros insumos para construção.
Macelly Pimenta apresentou dados sobre os produtos e sua performance em quesitos importantes como acústica e isolamento, assim como suas aplicações em fachadas e ambientes internos. A especialista destacou que os produtos Knauf são certificados e atendem todas as normas técnicas brasileiras. “O desempenho acústico é superior à alvenaria. Nossa empresa desenvolveu uma nova geração de chapas de cimentícias que se comportam como uma laje, mas com uma composição mais leve”, esclareceu.
Tendência no DF – Segundo ela, o sistema também garante mais produtividade: a execução dos projetos acontece com 40% mais rapidez quando comparada à construção em alvenaria. Macelly também mencionou a atuação da empresa para o treinamento de instaladores, com vistas a garantir a correta aplicação dos produtos e a qualidade das edificações. A Knauf mantém uma estrutura própria de treinamento e também atua com parceiros como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). “Só em 2024 já treinamentos 4 mil profissionais”, comentou.
Os empresários associados à ADEMI DF aproveitaram a oportunidade para esclarecer dúvidas e compartilhar experiências no uso do drywall. “Nós estamos reaprendendo a fazer drywall”, disse Celestino Fracon Júnior, vice-presidente administrativo e financeiro da instituição. Ao comentar sua experiência, ele pontuou que parte da resistência à construção a seco decorre de falhas sistêmicas nos projetos. “Hoje nós trabalhamos com projetos especificados para o modelo, investimos no treinamento de equipe e buscamos instaladoras qualificadas”, afirmou. “Na minha empresa, temos um mundo antes e depois da capacitação”.
Para Pedro Ávila, vice-presidente da entidade, o maior uso do drywall é uma tendência também no Distrito Federal. “Na nossa empresa, 90% das nossas obras usam drywall”, pontuou, destacando que as empresas do DF precisam construir uma nova cultura.
Durante a reunião, os empresários discutiram eventos importantes dessa reta final de 2024, como a reunião do Conselho Jurídico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que será sediada pela ADEMI DF em 25 de novembro. Vice-presidente financeiro da instituição nacional, Eduardo Aroeira Almeida reforçou o convite aos associados da entidade local, para que os times jurídicos participem do encontro.
Imprensa Ademi-DF