Foto – Milca Santos
A Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF) elege nessa quarta-feira, 14/06, sua nova diretoria e conselhos para o biênio 2023-2025. O pleito marca o encerramento da segunda gestão do empresário e engenheiro civil Eduardo Aroeira Almeida, que liderou a entidade por dois mandatos iniciados em meados de 2019 e marcados pela pandemia da covid-19 e diversas conquistas que levaram à melhoria do ambiente de negócios para o mercado imobiliário.
Em breve entrevista, Aroeira Almeida faz um balanço dos quatro anos de atividade e comenta suas novas missões: em agosto, o empresário assume a vice-presidência financeira da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), entidade nacional do setor, e passa a representar o Sinduscon-DF como delegado junto à Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA). Leia os principais trechos:
Como você avalia os quatros da sua gestão: como estava o mercado imobiliário em meados de 2019 e como ele está hoje?
Em 2019, o nosso mercado iniciava a recuperação de um momento muito difícil, que começou com a crise, principalmente no ano de 2015. Em 2019 tivemos uma pequena recuperação nos lançamentos, o que trazia uma grande expectativa para 2020. Porém, a pandemia do novo coronavírus chegou em março e colocou todas as previsões em xeque. O nosso setor se organizou, tratou de preservar da saúde dos seus trabalhadores, inovou através de novas formas de venda e relacionamento com seus clientes, apresentou o imóvel como fundamental para a qualidade de vida das pessoas como o próprio isolamento social da época demonstrava. Hoje, o mercado se apresenta muito positivo, consolidado e saudável, com empresas as apresentando imóveis legais, sustentáveis e de qualidade, entregando para a sociedade imóveis diferenciados, uma vez que nossas associadas são empresas sempre com muita tradição e preocupadas com a satisfação dos seus clientes.
Suas duas gestões foram marcadas pela pandemia da covid-19: como avalia o período e que avanços foram construídos pela atuação da ADEMI DF? O que a entidade entregou para o seu associado?
Não há como se falar das duas gestões sem mencionar o grande impacto da pandemia da covid-19. Foi uma preocupação muito grande, principalmente devido ao desconhecimento e imprevisibilidade que a pandemia trouxe. A ADEMI DF se aliou a outras entidades como o SECONCI DF, o Sinduscon-DF e o Sticombe, que é o sindicato dos trabalhadores, para estudar e definir como manter o trabalho para as pessoas com segurança. Fomos bem-sucedidos e passamos a pandemia com relativo sucesso. Implementamos reuniões virtuais, reduzimos o intervalo das nossas reuniões de quinzenais para semanais de forma que as empresas pudessem trocar experiencias e garantir o melhor desempenho possível. Também buscamos formas de inserir as empresas no novo mercado digital que surgiu, como digitalização dos contratos e venda digital, processo acelerado pela pandemia. A entidade foi um catalisador e centralizador de informações, levando à associada a informação necessária para atravessar esse período da melhor maneira possível.
O trabalhador do setor, que manteve atividade durante a crise sanitária, esteve no centro da estratégia das empresas para enfrentar a pandemia. Como avalia o relacionamento das empresas com seus colaboradores e qual legado a pandemia deixou nesse campo?
O relacionamento das empresas com os trabalhadores se estreitou bastante. Foi muito importante a presença da ADEMI no grupo de trabalho com o Sinduscon-DF, o SECONCI DF e o Sticombe. Lá podíamos discutir as dificuldades, temores e a melhor forma de se atender o trabalhador. Em conjunto com o Sinduscon-DF, conseguimos junto ao governo do Distrito Federal a testagem dos trabalhadores. Também obtivemos com o Sinduscon-DF e o SECONCI DF uma cartilha fundamental com orientações para as empresas sobre segurança no trabalho durante a pandemia.
A ADEMI DF foi pioneira ao aprovar uma norma interna tornando obrigatório a seus associados o uso de máscaras de proteção nos canteiros antes mesmo de a exigência ser feita por lei. A preocupação com o trabalhador e com a comunicação nos possibilitou termos as melhores informações para serem passadas às nossas associadas, estimulando uma relação ainda melhor das empresas com seus colaboradores e que ambas as partes pudessem trabalhar com segurança, garantindo o emprego de todos e a segurança das famílias. As empresas associadas da ADEMI DF distribuíram máscaras e álcool em gel, como forma de contribuir também com as famílias de seus colaboradores.
Você assumiu a ADEMI DF sinalizando prioridade também para ações de responsabilidade social, o que foi feito de mais importante?
Desde o início da nossa gestão havia uma preocupação muito grande com a responsabilidade social. Não que o nosso setor não tivesse responsabilidade social, mas era preciso divulgar muito mais suas ações. Nosso setor dispõe do SECONCI que faz um trabalho social importantíssimo tanto para o trabalhador da construção civil, quanto para as suas famílias. Com a pandemia, pudemos exercer e aprofundar essas ações de responsabilidade social. Durante toda a pandemia, em parceira com o Sinduscon-DF, pudemos doar máscaras, álcool em gel e equipamentos para o governo do Distrito Federal e para o trabalhador, para que a construção pudesse continuar trabalhando em segurança.
O que mais nos orgulha, dentre tantas ações sociais, foi o trabalho também feito em conjunto com o Sinduscon-DF para a doação de cerca de R$ 700 mil para a expansão do Hospital de Samambaia. Pela mobilização das duas entidades, diversas empresas tiveram a possibilidade de fazer doações e contribuir para a sociedade com um legado que ficou não apenas para a pandemia, mas um legado permanente para a cidade. Esse projeto foi liderado pelo BRB e ter participado nos orgulha muito.
Como representante do setor, a ADEMI DF mantém diálogo com as diversas instâncias do poder público do DF. Que avanços foram registrados durante os seus mandatos e o que o setor deve buscar no futuro?
O contato com o governo foi muito próximo e sempre no intuito de colaboração. Através desse contato e da divulgação das melhores práticas, pudemos atuar junto à SEDUH e à CAP para sensibilizá-los e viabilizar a aprovação do alvará de 7 dias, um projeto que, seguindo tendências do nosso país para a simplificação dos processos, permitiu que residências unifamiliares tivessem seu alvará em até 7 dias. Com isso, arquitetos e funcionários dedicados a aprovação e licenciamento de projetos se dedicassem a projetos mais complexos, aumentando a capacidade do GDF para atender a sociedade nesse quesito.
Também a proximidade ao BRB, o Banco de Brasília, possibilitou várias sugestões para modernizar as soluções do banco de forma a agilizar processos tanto para o financiamento de apartamentos para pessoas físicas, os nossos clientes, quanto também para financiamento e empréstimos para as empresas. Isso foi importante durante a pandemia, quando as empresas precisavam de confiança e condições para garantir o emprego da população. Junto à Terracap mantivemos relacionamento estreito e pudemos doar para o Distrito Federal o projeto urbanístico do Jóquei Clube, um bairro localizado próximo ao Guará e Setor de Indústrias que disponibilizará o que há de mais moderno em sustentabilidade e urbanismo, um bairro com muito verde e transporte público de qualidade, que possibilitará um novo polo de desenvolvimento e investimento para as empresas associadas da ADEMI. Essa doação foi feita pelas nossas associadas, sem qualquer contrapartida pelo GDF.
Foram diversos entes com que nos relacionamos, sempre contribuindo com uma visão de melhoria do ambiente de negócios, de forma a gerar mais desenvolvimento, emprego e renda para a população.
Você assumiu uma nova missão no Sinduscon-DF e será delegado ada instituição junto à FIBRA. Qual a importância do associativismo e sua expectativa com a nova tarefa?
Assumo a convite do presidente Adalberto Júnior uma função que me possibilita representar o sindicato na Federação da Indústria, que é importantíssima para o DF. esse novo cargo me permite dar mais uma contribuição à sociedade, uma missão que aproveita a experiência acumulada e me permite prosseguir no trabalho voluntário, que me dá grande alegria.
Também assumo a vice-presidência financeira da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a CBIC, a partir de agosto. É uma missão de grande responsabilidade, onde auxiliarei o novo presidente, Renato Corrêa, nesse grande desafio que é tocar a entidade mãe da construção civil no país. É uma missão de muita responsabilidade e importância, que eu recebo com bastante dedicação, para contribuir ainda mais com o setor da construção e com o desenvolvimento do nosso país.
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