O mercado imobiliário do Distrito Federal fechou o mês de maio com sua maior velocidade de vendas em 2020, confirmando a expectativa de reaquecimento do setor no segundo semestre. A última rodada da pesquisa Indicador de Velocidade de Vendas (IVV) apurou um índice de 9,1% para o segmento residencial, o mais alto registrado para o mês de maio desde o início do monitoramento, há seis anos. Em maio, houve o lançamento de um novo empreendimento (no setor Noroeste) e foi vendido um total de 220 unidades no DF. O estoque de imóveis novos no Distrito Federal caiu para 2.423 unidades.
“Esse resultado comprova o potencial do setor imobiliário como alavanca importante para a economia do DF, gerador de emprego e renda, e corrobora nossa percepção do quanto o acesso ao imóvel tornou-se importante para o cidadão”, avalia Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI-DF). “A moradia, a casa, passa por uma ressignificação imposta pela pandemia da Covid-19 e isso está puxando o mercado”.
“O resultado que o mercado imobiliário de DF obteve em maio é muito significativo. Já esperávamos uma continuidade da recuperação pós medidas de isolamento, mas a intensidade que essa recuperação se deu demonstra que esse mercado pode ser decisivo na recuperação da economia nacional”, complementa o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), Adalberto Valadão Júnior.
O IVV acompanha o desempenho do mercado imobiliário do Distrito Federal. Iniciativa da Ademi-DF em parceria com o Sinduscon-DF e apoio do Sebrae-DF, a pesquisa é realizada pela Opinião Informação Estratégica. A coleta de dados é mensal, junto às construtoras e incorporadoras mais representativas do mercado.
Tendência de valorização – Para Aroeira, o distanciamento social – principal medida de prevenção ao contágio do novo coronavírus e que tem mantido parte da população em casa – estimula a decisão do cidadão que estava planejando comprar seu primeiro imóvel, assim como daquela pessoa ou família que desejava um imóvel maior. A prática do trabalho à distância, o chamado home office, também é parte dessa ressignificação, ampliando as funções do imóvel residencial. “Muitas pessoas e mesmo famílias estão precisando de mais espaço”, comenta.
Outro aspecto, aponta o presidente da ADEMI-DF, é que em momentos de incerteza na economia, o imóvel tem se consagrado como alternativa mais segura e rentável de investimento, trazendo de volta o comprador para investimento.
Os dois executivos reafirmam que a combinação de redução da oferta, com a queda dos estoques, e o aumento da demanda consolidam a tendência de valorização do imóvel. “Esse é o momento de comprar. Enfrentados os efeitos da pandemia, as empresas estão organizando novos lançamentos para o segundo semestre, o que significa aumentar a oferta daqui a dois três anos”, diz o presidente da ADEMI DF.
“Com condições de juros nunca vistas, os financiamentos imobiliários cabem no bolso de muito mais pessoas. A baixa rentabilidade e alto risco de outros investimentos no momento trouxe o investidor de volta ao nosso mercado”, reforça Adalberto Valadão Júnior. Segundo ele, esses fatores aliados à baixa oferta e alta velocidade de vendas vai resultar em novos lançamentos e grande valorização nos preços. “Investir em imóveis é a nova tendência pós pandemia”, ressalta.
Em obras – Em maio, foram comercializadas 220 unidades residenciais, melhor resultado de 2020. O segmento econômico voltou a liderar as vendas no Distrito Federal, com imóveis de até R$ 250 mil – as regiões administrativas com maior volume de vendas foram Santa Maria (36,8%), Planaltina (24,1%) e Samambaia (12,3%). Nos segmentos de médio e alto padrões, o maior volume de vendas foi registrado no setor Noroeste (8,6%). A maioria dos imóveis vendidos estão em obra.
Imprensa Ademi-DF