Empresários ampliaram lançamentos no primeiro ano de controle da covid-19 e sinalizam otimismo para 2024
O mercado imobiliário do Distrito Federal fechou 2023 com recorde na oferta de imóveis novos, em todas as regiões, e ritmo de venda positivo. A Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF) viu confirmada a expectativa de desempenho positivo do setor no ano, com um Valor Geral de Lançamentos (VGL) de R$ 4,6 bilhões e Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 3,5 bilhões. No acumulado de 12 meses, as empresas associadas à entidade lançaram 33 empreendimentos, totalizando 5,6 mil imóveis novos colocados à disposição do comprador – um crescimento de 19% em relação ao realizado em 2022.
“Esse resultado mostra que o empresário do DF aposta no desenvolvimento e na geração de emprego. A elevação na oferta, sentida principalmente a partir do segundo semestre de 2023, mostra a confiança do empresário na melhora que virá a partir das quedas constantes da taxa de juro que já estão ocorrendo”, avalia Roberto Botelho, presidente da ADEMI DF, referindo-se à taxa Selic. “A redução das taxas de juros é um movimento decisivo para o nosso mercado. Quanto menor o juro, mais pessoas podem realizar o sonho da casa própria, pela redução no valor das prestações e aumento da oferta de financiamento. A queda dos juros também estimula o investidor, aquele que reconhece no imóvel um investimento seguro”, destaca Botelho.
Segundo ele, a combinação da redução continuada da taxa Selic – que orienta toda a economia; à aprovação de reformas e outros marcos legais com impacto positivo sobre a segurança jurídica e a atividade econômica, a melhoria dos níveis de emprego e renda em todo o país, assim como, no âmbito local, o avanço em medidas de estímulo ao setor pelo Governo do Distrito Federal (GDF) criou as condições para que o mercado imobiliário do DF tenha registrado bons resultados em 2023.
“Nossa expectativa é que os juros continuem caindo em 2024. Estamos preparados para atender a demanda da população por habitação, diz Botelho. Na avaliação do executivo, mantido o ritmo sinalizado pelo Banco Central, a taxa básica de juros pode chegar a 8,5% em dezembro de 2024. Além disso, o dirigente destaca o impacto positivo da vigência da nova lei de parcelamento do solo, aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) no final de 2023 e cujos efeitos serão conhecidos nesse exercício, e de avanços na apreciação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) e do projeto urbanístico do bairro Jóquei Clube como vetores de estímulo a um ciclo de expansão para o mercado imobiliário em 2024.
Aprovado por unanimidade pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), o projeto de lei do PPCUB foi enviado pelo GDF à CLDF no início do mês de março. O projeto do Jóquei Clube está em fase final de exame pela área técnica do governo.
Formada pelas 56 maiores empresas do setor no DF, a ADEMI DF segue defendendo junto ao GDF a redução permanente da alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), medida que beneficia tanto o comprador quanto o empreendedor do setor e cuja adoção durante a pandemia da covid-19 não apenas levou à regularização de imóveis, como dinamizou a comercialização de unidades novas.
Tendência de expansão – Em 2023, controlada a pandemia e com o direcionamento dado pelo Banco Central indicando uma forte redução da taxa de juros, através do seu relatório FOCUS, as empresas associadas à entidade apostaram na recuperação da economia e ampliaram o ciclo de lançamentos – foram nove empreendimentos a mais que o realizado em 2022. No consolidado do ano foram comercializadas 4.125 unidades e o setor registrou uma velocidade de venda média de 6%, indicador que sinaliza um mercado aquecido e robusto.
Cinco regiões do DF lideraram a comercialização de imóveis novos em 2023: Noroeste – 919 unidades; Águas Claras – 789 unidades; Recanto das Emas – 471 unidades; Planaltina – 468 unidades; e Ceilândia – 300 unidades. “Isso mostra que nossas associadas estão atentas a todos os perfis de consumidor, atuando em todas as regiões do DF”, comenta o presidente da ADEMI DF. “Além do sonho da casa própria e do investimento seguro, isso significa garantir emprego e renda em um ciclo de ao menos dois anos e meio à frente”.
Dados compilados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) demonstram que, em 2023, todos os segmentos do setor da construção civil tiveram resultados positivos na geração de empregos: a construção e incorporação de edifícios respondeu por 50.450 dos 158.940 novos postos de trabalho com carteira assinada no setor abertos no ano em todo o Brasil. Com participação da incorporação imobiliária, de janeiro a dezembro, a construção civil gerou cerca de seis mil vagas novas no Distrito Federal.
Imprensa Ademi-DF