Foto: Nina Quintana
Empresários do mercado imobiliário do Distrito Federal se reuniram nesta terça-feira (20) com autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF) para celebrar o bom desempenho em 2022. Realizada pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF), a confraternização contou com a parceria do Banco Regional de Brasília (BRB) e foi realizada no restaurante Venicce Beach – 1, na Orla Concha Acústica, em Brasília. O evento reuniu associadas da Ademi DF, dirigentes do setor da construção e autoridades do poder local.
Na primeira confraternização presencial desde o início da pandemia da Covid-19, o presidente da ADEMI DF, Eduardo Aroeira, destacou a evolução da participação do BRB no financiamento imobiliário no DF. “Em 2019, o BRB tinha R$ 400 milhões de financiamento imobiliário – Pessoas Jurídica e Física – e em 2022, R$ 2,5 bilhões”, mencionou, reforçando a colaboração da ADEMI DF para a melhoria dos processos que levaram a esse resultado. A entidade apresentou sugestões técnicas que foram adotadas pelo banco.
Aroeira também citou efeitos positivos sobre o mercado imobiliário, fruto do diálogo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh), para a desburocratização do licenciamento de obras, em 2019, que reduziu para sete dias o tempo de análise para a emissão de alvarás de construção. Além disso, ressaltou a participação da ADEMI no esforço para a aprovação, por unanimidade, da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Ainda avaliando 2022, o presidente da Ademi destacou como grande conquista o trabalho desenvolvido pela entidade, em conjunto com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF), para a continuidade do trabalho do setor durante a pandemia. “A construção civil não parou nenhum dia. Isso se deve principalmente à visão do governador Ibaneis Rocha e de toda a sua equipe e à confiança que teve nas empresas do mercado imobiliário e de obra pública, de que a gente incrementaria a Cartilha desenvolvida em parceria com o Sinduscon-DF”, salientou Aroeira, o que possibilitou, somente em 2020, a geração de 84 mil empregos diretos e indiretos na capital.
O executivo mencionou ainda a colaboração das empresas do setor da construção de Brasília, em parceria com o BRB, para o projeto de construção do hospital acoplado de Samambaia. “Em uma ação de responsabilidade social, empresas associadas doaram mais de R$ 700 mil para ajudar a salvar vidas durante a pandemia, o que garantiu um importante legado para a região administrativa”.
Expansão urbana planejada para o DF
Presente ao evento, o presidente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Izídio Santos, comentou sobre o projeto do Setor Habitacional Jóquei Clube. O novo bairro do DF será construído em frente a Vicente Pires, entre a Estrada Parque Taguatinga e Guará (EPTG) e a Estrutural.
Parceira do Governo do Distrito Federal (GDF), a ADEMI DF também doou em 2019, para a cidade, o projeto do Plano Urbanístico da Área de Expansão da região. A expectativa é oferecer imóveis residenciais para diversos perfis da população, em um bairro sustentado, planejado e com qualidade de vida para a região. “O projeto vai mudar o conceito de cidade no Distrito Federal”, mencionou Aroeira. “A expectativa é estar com o projeto pronto em 2023 e, em seguida, tramitar para fazer a licitação e começar a comercializar”, frisou Izídio Santos.
Foto: Nina Quintana
Sobre os desafios para 2023, Aroeira destacou o combate à ocupação ilegal no DF. “Muito se fez para o nosso setor, mas poderia ter sido feito muito mais se conseguíssemos parar com esse ‘câncer’ que consome a nossa cidade. Câncer, porque gera problemas ambientais, acaba com a qualidade de vida das pessoas que habitam essa região e impossibilita empresas sérias de colaborarem com o crescimento planejado da nossa cidade”, disse.
Outra prioridade mencionada pelo dirigente foi a redução do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), assim como empréstimo rápido para o plano de construção de 80 mil residências de interesse social no segundo mandato do governo Ibaneis Rocha. “A Ademi tem consciência de que pode colaborar com esse processo, por meio de ideias e soluções, fazendo com que essas obras não se estabeleçam como concorrência desleal ao nosso setor”.
Parceria com a construção civil do DF
Dando uma dimensão do que o setor, junto com o BRB, construiu nos últimos quatro anos, o presidente do Banco, Paulo Henrique Costa, informou que, em 2018, a participação da instituição no mercado imobiliário era de 2,8%. “Hoje temos 44% de participação. No final de 2018, o BRB tinha uma carteira imobiliária de pouco mais de R$ 900 milhões, que atingiu R$ 6,5 bilhões. Foram R$ 8,5 bilhões de contratos em crédito nesse período e financiadas 22 mil unidades”, salientou.
Na avaliação do presidente do BRB, os últimos anos foram muito bons para o financiamento imobiliário do DF. “A gente saiu de uma contratação de R$ 93 milhões para R$ 3 bilhões. Uma carteira sete vezes maior. Um volume de contratação cerca de 40 vezes maior, no meio de um período de pandemia, de guerra na Ucrânia e de um cenário político conturbado”, avaliou.
Foto: Nina Quintana
Segundo Paulo Henrique, em 2018 o banco contratou R$ 93 milhões em crédito imobiliário. Em 2020, só no Plano Empresário, R$ 1 bilhão. Naquele ano, o BRB contratou R$ 5 milhões em planos empresários. Esse ano, a instituição financeira contratou R$ 1 bilhão. “Quando a gente soma os repasses de contratação de Pessoa Física e os planos empresários a gente já passou de R$ 3 bilhões. O BRB já é o sexto maior banco de crédito imobiliário no país”, disse.
Quanto ao futuro, em sua avaliação é preciso olhar com otimismo. Para o presidente do BRB, mesmo com a polarização, as dificuldades e as expectativas diferentes, o setor da construção civil será beneficiado. “A habitação de interesse social será beneficiada não só pelas políticas do governo federal, mas também pela sensibilidade do governado do Distrito Federal. Como novidade, informou que o BRB pediu R$ 500 milhões em recursos do FGTS, distribuídos em todos os programas e em todas as faixas de renda, assim como o Pró-Cred”, revelou.
Imprensa Ademi-DF