O mercado imobiliário do Distrito Federal deve atravessar o segundo semestre de 2022 com desempenho positivo. Essa é a expectativa do empresário, captada na nova rodada da Sondagem do Mercado Imobiliário, que mediu as expectativas do segundo trimestre de 2022. A visão dos empreendedores combina uma percepção de resultados positivos (43%) e estáveis para o período (43%). Apenas 14% demonstraram pessimismo, numa inversão de perspectiva em relação ao primeiro trimestre, quando esse indicador alcançou 20%. A pesquisa é uma iniciativa da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF).
“Esses dados são coerentes com o momento que estamos vivendo. O primeiro semestre do ano foi positivo, mas o empreendedor enfrentou desafios ligados à economia, como o aumento continuado das taxas de juros por exemplo, e sinais de incerteza que vêm da política em anos eleitorais”, analisa Eduardo Aroeira Almeida, presidente da ADEMI DF. “A tendência é que o ambiente de negócios melhore no segundo semestre, especialmente por que a demanda por imóveis continua alta”.
Realizada pelo Opinião Informação Estratégica, a Sondagem de Mercado é uma pesquisa qualitativa, com periodicidade trimestral, para medir tendências e expectativas do setor. São ouvidos executivos de incorporadoras e construtoras associadas da ADEMI DF – para aferir o panorama do primeiro trimestre de 2022, foram ouvidos 21 empresários entre os dias 22 a 30 de agosto.
Perguntados sobre que temas influenciarão o planejamento de novos investimentos para o segundo semestre, os empresários apontaram a realização das eleições (71,43%), a política de juros básicos da economia (61,90%) e o custo dos insumos (52,38%). A covid-19, que impactou fortemente a atividade econômica por mais de dois anos, foi apontada por apenas 30% dos entrevistados.
Defesa da legalidade – Os dados da pesquisa também mapearam temas que preocupam o empresário do mercado imobiliário Distrito Federal. Entre as menções, o processo eleitoral nacional lidera, com 90%; seguido pelo combate a ocupação irregular de terrenos, com 76%; e as eleições no DF, com 67%. O empresário associado à ADEMI DF avalia que a entidade deve prosseguir na defesa da legalidade e da ocupação ordenada do DF, bandeiras históricas da sua atuação.
Para 100% dos entrevistados, é negativo o efeito da aprovação do Projeto de Lei 2.776/2020, que alterou os limites da Floresta Nacional de Brasília e abriu brecha para a regularização de ocupações ilegais. Para 86% dos empreendedores, é papel da ADEMI DF tomar iniciativas para questionar essa legislação, de forma a mitigar seus efeitos negativos para o DF. 95% dos empreendedores são favoráveis à articulação de uma política pública que permita a regularização fundiária no DF, combinada a regras que impeçam a manutenção da expansão desordenada e ilegal que ainda acontece na região.
Imprensa Ademi-DF
