O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (CODESE DF) mobiliza seus mantenedores para escolher a diretoria que conduzirá suas atividades no biênio 2021-2023. Marcada para esta quinta-feira (15/07), a deliberação encerra a gestão do seu fundador, o empresário Paulo Muniz. Ex-presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF), ele presidiu o colegiado por dois mandatos seguidos desde a sua criação, em 2017. “Nós aprendemos a fazer o CODESE DF. Deixo como mensagem que é possível, sim, planejar o futuro do DF, com união, determinação e foco”, afirma Muniz. “Também é o nosso dever pensar nas gerações futuras e colocar nosso conhecimento e capacidade a serviço”.
Segundo ele, do conjunto de 500 metas e ações estabelecidas no projeto O DF que a Gente Quer, 344 estão em estágio avançado de implementação pelo poder público. “82% das metas foram atendidas ou estão em andamento, o que mostra a efetividade do trabalho que o CODESE DF está realizando”, diz Muniz. Na sua avaliação, o legado mais importante desse período foi resgatar o planejamento estratégico do Distrito Federal, com foco no desenvolvimento econômico e social e ancorado na realização do potencial da região.
Além disso, destaca o empresário, nos seus primeiros quatro anos de atividade, o CODESE DF agregou e deu coesão de propósitos a um grupo heterogêneo, formado por representantes dos diversos segmentos do setor produtivo, de entidades setoriais, da Academia e da sociedade civil; que uniram experiência e conhecimento para avaliar, discutir e propor soluções que induzam o crescimento do DF. A ADEMI DF participa do CODESE DF desde sua criação e tem assento em um dos seus conselhos.
Formado por 240 pessoas, esse grupo atua de forma voluntária, dividido entre as 19 Câmaras Técnicas Setoriais que realizam diagnósticos e análises para propor soluções nos mais diversos temas, de forma a estimular medidas do poder público que retirem entraves e induzam o crescimento da economia. “Temos conseguido avançar com as nossas reivindicações. O plano de metas que perseguimos tem como horizonte o ano de 2030”, explica Paulo Muniz.
Sociedade mobilizada – O empresário não se desligará da instituição e planeja colaborar com a próxima gestão. O CODESE DF deve atualizar sua agenda estratégica e preparar-se para apresentá-la aos futuros candidatos ao governo do Distrito Federal, nas eleições de 2022. A expectativa é repetir a experiência exitosa de 2018, quando a instituição apresentou seu plano de metas a todos os candidatos e foi convidada a contribuir com a transição pelo candidato eleito. As metas propostas pelo CODESE DF foram absorvidas pelo plano de governo de Ibaneis Rocha, com o compromisso de produzir avanços.
“O maior legado que podemos deixar é garantir que a pauta do desenvolvimento enxergada pela sociedade seja prioridade, independente de quem esteja à frente do governo”, comenta, destacando que a instituição não tem vinculação político-partidária. “Essa independência está no DNA do CODESE DF e dá a seus integrantes as melhores condições de atuar em benefício da região”.
Diálogo transparente – Criado em março de 2017, o CODESE DF é um dos frutos do projeto O Futuro da Minha Cidade, iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) – entidade nacional do setor da construção à qual a ADEMI DF é filiada – e tem como inspiração o modelo bem-sucedido da cidade de Maringá (PR), origem da iniciativa; e de Goiânia, aonde chegou também pelas mãos da CBIC. Com atuação consultiva e propositiva, o CODESE DF tem como objetivo central participar ativamente do planejamento econômico de Brasília e seu entorno, com foco no curto, médio e longo prazos. Sua diretoria é eleita para mandatos de dois anos, com a possibilidade de uma recondução.
“Brasília nunca conseguiu ter um foro como esse. Houve outras tentativas no passado, que acabaram extintas”, recorda Paulo Muniz. A sucessão de crises econômicas, combinada à falta de planejamento pelos governos e à necessidade de soluções aderentes às demandas da sociedade, criou o ambiente propício à formação do Conselho. “Tivemos um período em que o empresário era tratado com indiferença, não só a nível local, como também nacional. O diálogo com os governos era muito difícil”, relata.
Segundo ele, a criação do CODESE DF foi fundamental não apenas para abrir um canal de diálogo neutro e qualificado, como principalmente para unir os diversos setores da economia em torno de uma agenda comum, com sinergia e participação direta da sociedade. “O trabalho do CODESE DF é escutar, ouvir a sociedade e identificar suas demandas e expectativas, propor soluções e encaminhá-las para que saiam do papel”, diz Muniz.
Imprensa Ademi-DF