Sustentabilidade, modernidade, legalidade, mobilidade e qualidade de vida. Essa é a combinação de atributos pensada para o projeto urbanístico do Setor Habitacional Jóquei Clube, cujas linhas gerais foram apresentadas pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF) em live transmitida ao vivo nesta sexta-feira (09/07), pela internet. Com a participação dos arquitetos contratados e de integrantes do Governo do Distrito Federal (GDF), o evento é o ponto de partida para apresentar ao setor produtivo e à população aquele que será o bairro mais sustentável do Distrito Federal.
“Esse projeto é muito importante para a expansão planejada do Distrito Federal. Vai atender a demanda da população por moradia digna e mobilizar empresas que atuam dentro da legalidade”, afirmou Eduardo Aroeira Almeida, presidente da ADEMI DF. No final de junho, a ADEMI DF assinou com o GDF o termo de cooperação técnica para a doação do projeto urbanístico, que custará R$ 1,6 milhão e ficará pronto até o início do último trimestre de 2021. Cerca de 200 pessoas assistiram a transmissão, pelo canal da ADEMI DF no Youtube.
Porta-voz dos arquitetos contratados para formular o projeto, professor Jandson Queiróz, da Ária Empreendimentos Sustentáveis, usou imagens para apresentar as linhas gerais do novo setor habitacional, que atendem às diretrizes estabelecidas pelo poder público e à legislação em vigor. “Essa é uma região que tem valor simbólico para a cidade e que tornou-se um vazio urbano. Está próxima a algumas das principais regiões administrativas do DF, como Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras, Cidade Estrutural e Vicente Pires”, destacou.
Respeito à memória – O projeto urbanístico envolve área de 252 hectares e o futuro bairro terá potencial para abrigar 52 mil pessoas, em 16 mil unidades habitacionais. Durante sua apresentação, o arquiteto e urbanista explicou que:
- O novo bairro terá uso misto, residencial e comercial, garantindo aos seus moradores moradia digna e acesso fácil aos diversos segmentos do comércio, atendimento de saúde público e privado, equipamentos públicos – como escolas e hospitais;
- Os lotes terão entre 1.600 e 5 mil metros quadrados, permitindo a implantação de empreendimentos com tamanhos e preços diversificados, destinados a todos os estratos da população. Uma parte de tais espaços serão destinados aos programas habitacionais de interesse social da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CodHab), para atender cerca de 13 mil pessoas.
- O projeto em formulação aproveita os parâmetros mais modernos de sustentabilidade – apropriados no dimensionamento das vias; inclusão de ciclovias; criação de parques e áreas verdes para garantir a drenagem das águas e qualidade de vida ao morador.
- No quesito mobilidade, a proposta vai prever a oferta e interligação de diversos modais de transporte público e a interligação dos eixos viários ao redor. O projeto urbanístico em gestação vai considerar a possibilidade de implantação futura de VLT e BRT, por exemplo.
- No novo bairro as áreas verdes estarão, no máximo, a 400 metros de distância dos empreendimentos, de forma que o morador e usuário possam aproveitá-las sem grande esforço.
O diretor técnico da Terracap esclareceu que os lotes destinados a habitação social também receberão edifícios e estarão integrados ao bairro. “São lotes grandes e estamos discutindo os parâmetros. O bairro não terá configuração de superquadra, contará com quarteirões”, disse Hamilton.
“Vamos propor espaços que ofereçam qualidade de vida para a população”, afirmou Queiróz. Ele destacou a criação do Parque Jóquei Clube, que marcará a área central do bairro, respeitando a história da região. “Também serão propostos um campo de futebol, local para o entretenimento de crianças e para o público jovem, quadras poliesportivas, para o uso da comunidade”, disse.
“Nós estamos respeitando o local e seu relacionamento com o entorno, abrindo para os bairros vizinhos. Este será um bairro feito para as pessoas que vão morar, trabalhar, passar e usufruir, com um urbanismo moderno”, acrescentou o arquiteto Rogério Markiewicz, da MKZ Arquitetos, empresa integrante do consórcio. “Nossa preocupação é com o crescimento ordenado da cidade e uma demanda muito grande da população por moradia”, completou o arquiteto João Gilberto de Carvalho Accioly, da Aciolly & Catelly Arquitetos Associados.
Futuro sustentável – Na proposta, os equipamentos públicos serão distribuídos nas extremidades do bairro para atender o morador e, também, a população das regiões ao redor, com educação, saúde, cultura e segurança pública. O provimento de tais equipamentos é responsabilidade do GDF, que estabelecerá as diretrizes de ocupação. “Estamos preparando um projeto flexível, para transformação futura, com vias bem iluminadas para dar qualidade de vida à população”, informou Jadson Queiróz.
Os paradigmas do projeto urbanístico foram bem recebidos pelas autoridades que participaram do evento. “Nós precisamos avançar na oferta de lotes e moradia legal no DF. É preciso criar bairros com planejamento urbano contemporâneo, com premissas de sustentabilidade e que respeitem o espaço das pessoas”, comentou o titular da SEDUH. “O que vimos hoje reflete muito as diretrizes definidas e não temos dúvida de que será um projeto muito inovador e de extrema qualidade para o DF”, disse Mateus de Oliveira.
O secretário foi enfático ao defender a parceria do poder público com o setor privado como mecanismo para induzir um desenvolvimento com mais agilidade. O GDF já estudava a criação do novo setor habitacional e a parceria com a ADEMI DF contribuirá não apenas para agilizar o projeto como, principalmente, para agregar os mais modernos paradigmas em sustentabilidade. “Essa é mais uma iniciativa da ADEMI DF para estimular o desenvolvimento econômico e social do DF de forma ordenada, dentro da lei e com as melhores práticas construtivas. O novo bairro vai gerar emprego e renda”, endossou o presidente da entidade.
Para Alisson Santos Neves, superintendente de licenciamento do Brasília Ambiental (IBRAM), é importante discutir e planejar a cidade, tendo a legalidade e qualidade técnica como premissas principais. “É preciso ter avanço com equilíbrio ambiental, segurança técnica e jurídica”, afirmou. Segundo ele, em um projeto da magnitude do Jóquei Clube todas as concessionárias trabalharão articuladas para atender todos os requisitos legais necessários. “Vamos fazer as coisas com tranquilidade e rigor técnico, para ter um licenciamento eficiente e que cumpra a sua função”.
Imprensa Ademi-DF