Balanço divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostra que vendas de imóveis no país subiram 27,1%, na comparação com o 1º trimestre de 2020.
Brasília, 24/05/2021 – O Brasil registrou um aumento de 27,1% nas vendas de imóveis residenciais novos (apartamentos) no 1º trimestre de 2021, na comparação com o 1º trimestre de 2020. Mesmo assim, em virtude da elevação nos preços dos insumos, o aumento registrado nos lançamentos foi bastante tímido no mesmo período, subindo apenas 3,7%. As incertezas em relação aos custos dos materiais fizeram a oferta de imóveis cair 14,8% nos três primeiros meses deste ano, na comparação com o ano passado.
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Os números fazem parte do estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do 1º trimestre de 2021, realizado desde 2016 pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. O trabalho é divulgado em coletiva de imprensa online nesta segunda-feira (24/5), com os dados coletados e analisados de 150 municípios, sendo 20 capitais, de Norte a Sul do Brasil. Algumas cidades foram analisadas individualmente ou dentro das respectivas regiões metropolitanas.
Na comparação com o 4º trimestre de 2020, o número de imóveis lançados no país nos três primeiros meses de 2021 foi 58% menor. Enquanto isso, as vendas tiveram uma queda de apenas 12,4% na comparação com o mesmo período. De acordo com a CBIC, os dados mostram que a queda nos lançamentos não se deu em virtude da ausência de comprador, mas pela insegurança dos empresários, desestimulados pelos aumentos nos materiais.
Sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da CBIC mostrou que o principal problema enfrentado por empresários do setor no 1º trimestre de 2021 foi a falta ou o alto custo de matérias-primas. Esse fator impactou a atividade de cerca de 57,1% das empresas. No ano anterior, no mesmo período, o problema foi apontado por apenas 8,1% dos empresários.
Lançamentos
Em relação ao 4º trimestre de 2020, os lançamentos no 1º trimestre de 2021 tiveram uma queda de 58,0%. O resultado foi negativo em todas as regiões. A maior queda foi observada na região Norte, onde o número de lançamentos diminuiu 72,0%, seguida pelo Sudeste, onde houve queda de 67,9% nas unidades lançadas.
Na comparação com o 1º trimestre de 2020, porém, os lançamentos de imóveis (28.258 unidades) no 1º trimestre de 2021 apresentaram um aumento de 3,7%. Houve redução no número de unidades lançadas nas regiões Norte (-55,6%) e Sul (-20,7%) e aumento nas demais regiões. O maior aumento foi observado na região Sudeste (3.004 unidades), com 28,1% mais lançamentos que no 1º trimestre de 2020.
Vendas
No país todo, as vendas apresentaram um aumento de 27,1% no 1º trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020. O maior aumento foi observado no Nordeste, onde as vendas de imóveis subiram 52,2% (3.471 unidades), seguido do Sul, onde aumentaram 39,3% (3.750 unidades).
Na comparação entre o 1º trimestre de 2021 e o 4º trimestre de 2020, as vendas caíram 12,4% e apresentaram resultado negativo em todas as regiões, à exceção da região Sul, onde subiram 8,2% (1.010 unidades).
A oferta final de imóveis no 1º trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020, apresentou uma queda de 14,8%. Na comparação com o 4º trimestre de 2020, a oferta final caiu 13,1% nos três primeiros meses deste ano.
Casa Verde e Amarela
O estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do 1º Trimestre de 2021 também analisou a participação do programa habitacional Casa Verde e Amarela (CVA) nas unidades lançadas e vendidas e também na oferta final de imóveis, em todas as regiões brasileiras. A representatividade do CVA sobre o total de lançamentos, no trimestre, foi de 55,6%. Sobre o total de vendas, essa participação foi de 51,5%. Na oferta final, o número de imóveis do CVA representou 44,4% do total.
Para a CBIC, o impacto dos aumentos dos materiais é maior em imóveis populares, o que é possível ver nos números do programa. As empresas, que estão trabalhando no limite, migram cada vez mais para a construção de outros tipos de imóveis e a oferta de casas populares registrou queda principalmente na região Nordeste.
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(Com Agência CBIC)
Imprensa Ademi-DF