Empresários do mercado imobiliário do Distrito Federal foram informados hoje dos movimentos das entidades do setor da construção para enfrentar o desabastecimento de aço, um dos insumos mais importantes da atividade. “A CBIC está atuando e realizou uma reunião com o Ministério da Economia para buscar uma solução”, informou Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF) aos associados da entidade em reunião de diretoria virtual na manhã dessa quarta-feira (24).
A ADEMI DF é associada à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), entidade nacional do setor, que busca mecanismos para restabelecer o abastecimento dos insumos para a construção civil. Na reunião com a Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, a CBIC apresentou resultados de levantamento realizado com 206 empresas em todo o país: 84% delas relataram desabastecimento de aço em suas regiões. Também foi perguntado às empresas quais materiais estão com o prazo de entrega maior que o habitual: para 82,9% delas a resposta foi o aço.
Desburocratização – Titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH) do Governo do Distrito Federal, Mateus Oliveira participou da reunião da ADEMI DF e apresentou aos empresários a agenda legislativa em que o órgão trabalhará durante o ano de 2021. Segundo ele, a despeito dos desafios impostos pela crise sanitária, em 2020 a secretaria manteve alto nível de produtividade, especialmente na aprovação de projetos: foram concedidos mais de 2,2 mil novos alvarás de construção.
“Nosso compromisso era não ser um gargalo para a construção civil, setor fundamental pra manter a economia girando”, afirmou Oliveira, destacando que mesmo com o trabalho à distância foi possível atuar com produtividade. “Nós temos confiança de que é possível ser eficiente nesse novo normal. Além de gerir o trabalho gerir as pessoas, é preciso se preocupar com a saúde física e mental das pessoas e fizemos isso. Conseguimos um ano muito produtivo”.
Na sua exposição, o secretário comentou que a melhoria dos marcos regulatórios será prioridade para a SEDUH em 2021. “2019 e 2020 foram anos importantes para consolidar a mudança de cultura e postura de solução e compromisso com a eficiência”, destacou. “2021 é um ano em que precisamos manter a roda girando, com o mesmo o nível de profissionalismo e olhando para a necessidade de transformação da legislação. Teremos o ano das mudanças legislativas”, avisou.
A agenda legislativa que a SEDUH propõe à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) é composta por 17 projetos prioritários, muitos com impacto sobre o mercado imobiliário, com a expectativa de vê-los aprovados ao longo de 2021. Dois já foram enviados e tramitam no legislativo distrital, os demais estão em fase final de formulação e discussão técnica, entre eles:
- Revisão do PDOT, com foco na regularização fundiária;
- Revisão do PPCUB, atualizando os paradigmas urbanísticos adotados na área tombada de Brasília;
- Regulamentação dos comércios locais, a chamada lei dos puxadinhos;
- Loteamentos fechados, com foco na regularização de condomínios e regulamentação de novos loteamentos;
- Requalificação do Setor Comercial Sul, com medidas para revitalização da região;
- Código de Obras, com a modernização das normas para avançar na simplificação da concessão de alvarás e habite-se.
Ainda durante o encontro, os associados aprovaram uma nova doação de equipamentos de proteção individual (EPI) ao sistema de saúde público do DF. Máscaras e aventais serrão entregues ao Hospital Regional da Asa Norte.
Imprensa Ademi-DF