FGV APRESENTA ESTUDO DE MODERNIZAÇÃO DO INCC

19 mar 2021

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou nessa quinta-feira (18), durante o “Quintas da CBIC”, estudo para revisar a estrutura de cálculo do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) que é usado amplamente pelo setor da Construção Civil. Iniciado no final de 2020, o trabalho da FGV objetiva modernizar o referido indicador de custos do setor, e deve ficar pronto até o final de 2021.

A coordenadora de projetos da FGV, Ana Castelo, falou sobre a importância da atualização do índice. André Braz, superintendente adjunto para Inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) reforçou que para ter uma estatística mais atualizada e que compreenda toda a movimentação dos preços no setor, é essencial a participação das empresas. Para isso, ressaltou que todos os dados que são repassados estão sob sigilo junto a Fundação.

A expectativa é que o INCC continue abrangendo as sete capitais atuais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Entretanto, em função da modernização do sistema de coleta, a FGV acredita que num futuro breve poderá expandir para outras regiões. Os custos com materiais, equipamentos, serviços e mão de obra fazem parte da composição do INCC.  E o indicador tem registrado altas mais expressivas em função das elevações nos preços observados desde o início do segundo semestre de 2020.

Uma avaliação feita, no início deste mês, pela economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, demonstrou que o INCC-Materiais e Equipamentos acumulou, em 12 meses encerrados em fevereiro/2021, alta foi de 25,05%, sendo que alguns insumos como vergalhão, tubos e conexões de ferro e aço e tubos e conexões de PVC registram incremento superiores a 50% em seus preços. “Nenhuma estatística projetava um incremento de preços tão expressivo”, falou Vasconcelos.

De acordo com a economista, somente em fevereiro, de acordo com o indicador de custos da FGV, vergalhões e arames de aço ao carbono aumentaram 21,34%, tubos e conexões de ferro e aço 11,56%, e tubos e conexões de PVC 7,39 %.

O presidente da Comissão de Infraestrutura (COINFRA) da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, falou sobre a importância do INCC para o reequilíbrio de contratos em infraestrutura e obras públicas, e ofereceu apoio à FGV durante o estudo de modernização do índice. “A CBIC se coloca à inteira disposição com suas entidades para obter os dados necessários.”

(Com Agência CBIC)

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Imprensa Ademi-DF

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