A Caixa Econômica Federal lançou um pacote de medidas para estimular a construção civil, focado na redução da burocracia, no estímulo às melhores práticas no campo técnico e da governança das empresas, e na melhoria do acesso ao crédito e financiamento para produção. Entre as novidades, a simplificação das análises de projetos no Plano Empresário e a adoção do limite de crédito para empresas, entre outros. As novas ações serão implementadas a partir de março nas contratações pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e foram apresentadas por dirigentes do banco durante o Plantão CBIC, reunião promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) na terça-feira, 02/02.
“Essas medidas são muito importantes. A Caixa faz um movimento no caminho correto da racionalização de processos e tem tudo para beneficiar a economia do país”, avalia Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF) e vice-presidente administrativo da CBIC. “Eles estão adotando diversas inovações para a liberação de crédito e financiamento imobiliário às empresas, flexibilizando e até mesmo eliminando algumas exigências. No conjunto, as empresas terão melhores condições para planejar seus empreendimentos e um processo simplificado para garantir os recursos para produção”, enfatizou.
O anúncio da Caixa é resultado de um amplo trabalho de articulação realizado pela CBIC em 2020, para apresentar gargalos e discutir soluções técnicas para melhorar o ambiente de negócios no mercado imobiliário. Para o presidente da entidade nacional, José Carlos Martins, o setor conseguiu algo inédito, que irá melhorar ainda mais as condições de crédito e permitir melhores resultados para as empresas. “Durante a pandemia, a Caixa não retrocedeu. A CBIC fez a voz do setor da construção chegar até o banco, eles nos escutaram e atenderam a maior parte das demandas que levamos. É um dia muito importante para o setor da construção”, disse.
Presidente da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da CBIC, Carlos Henrique Passos, reforçou que “o diálogo tem sido permanente para reportar as necessidades das empresas e a Caixa sempre esteve aberta e aos poucos esse processo vem melhorando”.
“Há 10 meses se iniciava a pandemia e o que fizemos até agora foi algo fora do normal. Com essas novidades, vamos ter um avanço ainda maior, o que é bom para o empresariado e para a Caixa”, frisou o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, Celso Petrucci.
Apresentadas pelo diretor executivo da Caixa, Rodrigo Souza Wermelinger, e sua equipe, as medidas estão associadas ao Apoio à Produção/Plano Empresário Caixa (PEC) e focadas na operação de pequenas e médias empresas:
- Novo modelo de avaliação de risco até R$ 150 milhões: de 12 para 1 dia útil – A partir de agora, as empresas terão um ganho excepcional no prazo de avaliação que cai de 12 para 1 dia. Pelo novo modelo de avaliação de risco da Caixa para as empresas de construção civil com faturamento até R$ 150 milhões, o gerente já insere as informações, processa e libera no momento em que concluir a avaliação. “A expectativa com esse modelo é ter uma resposta mais aderente”, menciona o superintendente Nacional da Caixa, Gustavo Sena.
- Incorporadora Fácil: análise diferenciada para pequenos projetos – A partir de 15/02: “Simplificará de 7 até 10 dias a análise técnica e a documentação para projetos de pequeno porte, com até 60 unidades habitacionais para o empreendimento, gerando qualidade na contratação”, afirma a superintendente Nacional da Caixa, Angélica Djenane Philippe Correa.
- Aprovação de limite de crédito, substituindo a aprovação por operação – A partir de 08/03: Aprovação de um limite máximo de exposição em operações, para empresas com faturamento superior a R$ 30 milhões, sem necessidade de deliberação de forma individual.
- Nível de Desempenho Técnico (NDT): clientes qualificados, ritos diferenciados – A partir de 10/03: Rating Técnico – As empresas serão avaliadas conforme sua expertise e performance técnica, com ritos de avaliação e acompanhamento de obras diferenciadas para os clientes com maior qualificação.
- Viabilidade prévia de engenharia: agilidade na tramitação da proposta – A partir de 15/03: A Manifestação de Viabilidade Prévia de Engenharia (MVP) – A viabilidade prévia do empreendimento e reorganização da esteira de contratação, com avaliações em paralelo e assinatura de memorando. Viáveis as análises e firmada a intenção de contratação é realizada a análise de engenharia completa.
- Possibilidade de suplementação de recursos para o projeto – A partir de 26/03: Possibilidade de suplementar o valor do financiamento em função do aumento de custos, como os de materiais de construção.
- Registro de contrato anterior à demanda mínima (repasses PF)
- Financiamento de até 100% do custo de obra a executar
Também participaram da reunião, os executivos Alexandre Martins Cordeiro e Marlon de Oliveira Machado, superintendentes nacionais da Caixa. A equipe enfatizou a importância do setor da construção e a liderança do banco no segmento imobiliário, com mais de 70% de participação.
(Com Agência CBIC)
Imprensa Ademi-DF