Como uma empresa do setor da construção lida com as mudanças de um mundo cada vez mais digital? “É quase uma questão de sobrevivência”, afirmou Fabio Garcez, diretor do Construtor de Vendas, durante o ‘Quintas da CBIC’, que debateu sobre a jornada da incorporação imobiliária digital.
O presidente da Comissão de Habitação de Interesse Social (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Constrição (CBIC), Carlos Oliveira Passos, lembrou que o mercado imobiliário já vinha mudando, mesmo antes da pandemia. “As soluções já estavam no mercado, nós é que estávamos demorando para chegar até elas”, frisou.
O debate focou na importância de as empresas prepararem um planejamento digital para conhecer melhor a maturidade tecnológica do comprador, incorporador e corretor. O Construtor de Vendas (CV) é uma das ferramentas online de vendas disponíveis no mercado que possibilita o controle e acompanhamento em tempo real de toda a comercialização da construtora. “Com uma interface que facilita a rotina de trabalho de imobiliárias e corretores, dá uma visão estratégica sobre as vendas em um único lugar, além de ser totalmente responsivo, funcionando no celular, tablet, notebook ou computador”, explicou Fabio Garcez.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, destacou a parceria que a CBIC fez com o CV para ajudar na digitalização dos associados e empresas parceiras. “Precisamos nos adaptar à nova realidade imposta pela Covid-19. Hoje quem não interage digitalmente perde espaço. Não é questão de luxo, mas de sobrevivência e o CV é uma boa opção para atender essa demanda”.
De acordo com Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, pesquisas tem apontado para o crescimento exponencial na jornada do comprador com participação de novas tecnologias. “Hoje para se destacar na área de vendas é preciso acompanhar a evolução de diversas tecnologias, pois a alta nos números de vendas online já é uma realidade”.
Fabio Tadeu Araújo, diretor da Brain Inteligência Estratégica, ressaltou que essa tendência de vendas online ficou comprovada por meio dos números da 4ª onda da pesquisa ‘Covid-19: impactos e desafios para o mercado imobiliário’, que ouviu 580 empresas. “Quem se preparou digitalmente teve bons resultados, e essas vendas na web são um legado que vem com a pandemia”, destacou.
Prova disso é que em relação à busca por imóveis de forma presencial, analisando o porte de empresa, em julho não houve diferença nas vendas. Mas segundo Araújo, quando se observa a forma online, a mudança é bem maior. “Cerca de 81% das empresas grandes não sentiu nenhuma forma de queda no período. Onde se deu a diferença na velocidade da recuperação? No mundo de venda virtual. O mercado recuperou-se de um lado porque as empresas melhoram suas estratégias e se profissionalizaram, mas por outro, os clientes já voltaram ao patamar anterior da crise o que dá sustentabilidade”, explicou.
O investimento em tecnologia e no mundo digital já é uma das estratégias adotadas pela A.Yoshii Engenharia. A construtora paranaense, que tem 55 anos de história, mantém as vendas ativas e cumpre o cronograma de obras, mesmo com os percalços provocados pela pandemia. Desde 2019, a empresa investiu na digitalização de todo o processo de vendas e centralização das oportunidades de negócios. Implantaram a gestão de leads, com profissionais aptos a realizarem atendimento por meio do site, do whatsApp e do chat online. Portais de vendas, aplicativos e assinatura digital foram outros componentes implantado no processo online para todas as etapas de venda.
“Conseguimos vender 149 unidades durante a pandemia, o que é um número expressivo. Para isso, o online virou nosso principal canal de negócio, com a digitalização do atendimento e dos processos. São investimentos em tecnologia como site, chat, aplicativos de relacionamento e tour virtual nos decorados por meio de ferramentas como 360º, por exemplo”, explicou a gerente de Marketing da A.Yoshii, Maria Fernanda Beneli Vicente.
Eduardo Aroeira, vice-presidente da CBIC e presidente da Ademi-DF, trouxe a experiência da Apex Engenharia, empresa da qual é sócio. Para Aroeira, a entrega dos empreendimentos durante a pandemia só foi possível porque a Apex já vinha se preparando para o digital faz tempo. “Chegamos a ter 50% do escritório em home office, mas não tivemos dificuldade porque já tínhamos uma infraestrutura de TI e de rede instalada, o que facilitou as novas demandas”, apontou.
O evento ‘Quintas da CBIC’ tem interface com o projeto ‘Melhorias do Mercado Imobiliário’, realizado pela CBIC por meio da CII e CHIS, com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
(Com Agência CBIC)
Imprensa Ademi-DF