O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) do mercado imobiliário do Distrito Federal alcançou 11,1% no mês de junho, fechando o primeiro semestre de 2020 com resultado recorde. A última rodada da pesquisa registra o lançamento de sete novos empreendimentos residenciais, com a oferta de 678 novas unidades e a venda de 337 imóveis. As vendas acumuladas em 2020 alcançaram 1.118 unidades. O melhor junho da série histórica do estudo, iniciado há seis anos, mostra que incorporadoras e construtoras do DF atravessaram com sucesso as incertezas geradas pelo novo coronavírus, se adaptaram e estão preparadas para um novo ciclo de crescimento no pós-pandemia.
“Junho foi um mês espetacular para o nosso setor, um momento virtuoso do mercado, consolidando a percepção de que o imóvel é uma grande oportunidade de investimento e ainda mais importante para a qualidade de vida das pessoas”, avalia Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF). De janeiro a junho, o mercado imobiliário do DF acumulou Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 881,26 milhões em unidades lançadas e R$ 678,86 milhões em unidades vendidas.
“A maior velocidade de vendas da série histórica chega para comprovar o que já vínhamos observando: o mercado imobiliário é a bola da vez. Para morar ou investir, o momento é ideal para a compra de imóveis”, avalia Adalberto Valadão Júnior, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (SINDUSCON-DF).
O IVV acompanha o desempenho do mercado imobiliário do Distrito Federal. Iniciativa da ADEMI DF em parceria com o SINDUSCON-DF, a pesquisa é realizada pela Opinião Informação Estratégica. A coleta de dados é mensal, junto às construtoras e incorporadoras mais representativas do mercado.
Tendência de valorização – Para o presidente da ADEMI DF, além dos reflexos da crise sanitária – que induziu maior interesse pela compra de imóveis; fatores de ordem macroeconômica influenciaram o resultado de junho, entre eles o maior acesso ao crédito para o comprador, em condições mais favoráveis. “Foi um mês significativo para o financiamento habitacional, que bateu recorde no volume de recursos, com R$ 29 bilhões. É o maior volume de recursos desde janeiro de 2015”, explica Aroeira.
“Os juros muito baixos têm reduzido a rentabilidade dos investimentos tradicionais e trazido o investidor de volta para o mercado imobiliário”, acrescentou o vice-presidente do SINDUSCON-DF. “É grande o potencial de valorização do imóvel”, disse Adalberto.
Resultados positivos – Todos os parâmetros avaliados pela pesquisa IVV demonstram que, em junho, o mercado imobiliário manteve o comportamento de recuperação dos meses anteriores, com um maior aquecimento da venda de imóveis residenciais no DF. Comparada com maio, por exemplo, a velocidade de vendas cresceu 22,1% e a oferta de novas unidades subiu 25,4%. A venda de imóveis registrou arrancada significativa, com resultado 53,2% superior: no mês de maio, foram comercializadas 220 unidades.
Uma análise dos dados mostra que maio e junho foram os melhores meses para o setor em 2020. Mesmo o desempenho médio do segundo trimestre, impactado pela crise sanitária, foi positivo, com crescimento de 7,7%. “Há um conjunto de fatores para explicar esse resultado. A taxa Selic, que orienta a economia, despencou e ao mesmo tempo foram reduzidas as taxas do financiamento imobiliário, criando melhores oportunidades para a compra de imóveis”, explica o presidente da ADEMI DF. “Além disso, houve uma busca maior por imóveis, inclusive por unidades de maior tamanho, fruto da pandemia, que ressignificou a importância da moradia”.
Em junho, o ranking de vendas foi liderado pelo setor Noroeste com 71 unidades comercializadas; seguido das regiões de Santa Maria, 68 imóveis; e Planaltina, 51 unidades. Segundo a pesquisa IVV, 72,4% dos imóveis residenciais comercializados em junho estão em obra e 27,6% estão prontos. O estoque de imóveis residenciais alcança 3.039 unidades no Distrito Federal, o suficiente para atender a demanda pelos próximos nove meses.
“Esses números são importantes para o DF. Combinados com os últimos dados do Caged mostram que o setor da construção foi o segmento que mais colaborou para a criação de novos postos de trabalho, aliviando o desemprego”, acrescenta o presidente da ADEMI DF.
Imprensa Ademi-DF