CONSTRUÇÃO CIVIL É FUNDAMENTAL PARA RETOMADA DO CRESCIMENTO, DIZ MOURÃO

13 jul 2020

Durante reunião virtual com empresários, dirigentes e executivos da construção civil nesta segunda-feira (13), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, destacou o papel do setor para a retomada do crescimento no país. “Contamos com a nossa engenharia para ajudar no processo de reconstrução do Brasil. A construção desempenha esse trabalho fundamental de produzir novas estruturas e gerar emprego e renda, contribuindo bastante para o fortalecimento da economia”, disse.

Mourão foi o primeiro convidado de uma série de encontros que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) irá realizar para discutir o protagonismo do setor no pós-pandemia. Para o presidente da entidade, José Carlos Martins, a ideia é debater como a construção civil pode contribuir com a retomada, uma vez que o setor impacta diretamente outros 97 segmentos da economia, além de empregar dois milhões de trabalhadores com carteira assinada. “Os indicadores econômicos têm mostrado sinais de recuperação no setor e a nossa expectativa é que a construção civil possa puxar a retomada do crescimento. Não vejo outro setor com tamanha capacidade de dar resposta imediata”, afirmou Martins.

Questionado sobre os principais pontos do programa Pró-Brasil, anunciado recentemente pelo governo federal, o vice-presidente afirmou que o Brasil tem não uma via, mas uma avenida de acesso para crescer. “Selecionamos projetos que serão tocados com investimento público no valor total de R$ 25 bilhões a R$ 27 bilhões. Está bem factível e haverá uma janela de oportunidade muito grande para o setor da construção quando o plano for apresentado, em agosto”, explicou.

O presidente da CBIC defendeu que o governo investisse em um novo modelo de projetos, priorizando uma maior quantidade de obras menores em vez de poucos projetos de concessão gigantescos. “Precisamos instaurar uma estratégia de construção e sustentabilidade dentro do governo, de forma a fazer mais com o mesmo volume de recursos”, disse.

Mourão concordou com a sugestão da CBIC, indicando que o governo tem um bom valor para dividir entre obras pulverizados por todo o país. “O Pró-Brasil veio para ajustar o planejamento de obras e diminuir a desigualdade entre os estados. A metodologia utilizada nessa questão do progresso e que afeta a área da CBIC está sendo levada em consideração e caminhando em paralelo ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Esse programa é um portfólio maior, que deve atrair parcerias privadas e vai ter que contratar as empresas ligadas à CBIC para efetivar as obras”, explicou.

Ao responder uma pergunta sobre reforma administrativa, Mourão disse que a proposta já estava pronta para ser apresentada e teve que ser paralisada em função da pandemia do novo coronavírus. “Assim que possível a reforma vai voltar à pauta no Congresso. Ela não resolve nosso problema de curto prazo, pois temos um Estado inchado, mas é absolutamente necessária. Vamos atuar em todas as vertentes possíveis para salvar a maior parte de recursos que hoje são mal utilizados e transformá-los em investimentos”, frisou.

Questionando sobre a possibilidade de utilização de recursos dos fundos constitucionais para investimentos em infraestrutura social e saneamento, Mourão afirmou que recursos próprios para esses fins poderiam ser empenhados em programas de construção de moradias, por exemplo. “Vejo que construir moradias dignas é uma linha de ação extremamente viável, e a construção civil tem um papel fundamental para prover habitações e obras de infraestrutura no Norte e no Nordeste”, indicou.

Sobre o legado que o governo Bolsonaro-Mourão pensa em deixar ao final de 2022, o vice-presidente reforçou o compromisso do governo com a moralização da política e a recuperação dos pilares da produtividade e equilíbrio fiscal. “Fomos eleitos com essa visão e seguimos trabalhando para isso. Apesar da pandemia ter atrapalhado um pouco nosso cronograma, vamos entregar um país com harmonia e entendimento entre os três Poderes e todos entes federados”, disse.

Com Agência CBIC

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Imprensa Ademi-DF

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