O mercado imobiliário do Distrito Federal enfrentou os desafios impostos pela pandemia pelo novo coronavírus e tem se mantido estável nos três meses de crise sanitária. Nesse período, foram feitos menos lançamentos, mas o ritmo de venda de imóveis residenciais manteve o otimismo de incorporadores e construtores, que já planejam retomar os lançamentos ainda em 2020. Monitoramento realizado pelo Opinião Estratégica para a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF), no final de junho, mostra que 69,2% dos associados da entidade pretendem lançar novos empreendimentos até dezembro.
“Cresceu o número de empresas que planejam lançamentos em 2020. O receio que observamos no auge da crise deu lugar a mais confiança do incorporador”, avalia o estatístico Alexandre Garcia, CEO do Opinião. Segundo ele, quando comparado ao mês de abril, esse indicador teve incremento de 8,4%, confirmando que a incerteza imposta pela crise sanitária deu lugar a maior confiança do empresário no DF. “Nosso segmento, por mais difícil que tenha sido a crise, conseguiu manter as obras funcionando com certa normalidade”, afirmou Eduardo Aroeira Almeida, presidente da ADEMI DF.
“Hoje, conseguimos enxergar o futuro do mercado e, certamente, seremos um motor de desenvolvimento do DF, com geração de emprego e renda”, acrescentou Aroeira. Juntos, eles discutiram o futuro do setor durante a live “Mercado Imobiliário: motor da economia no DF”, transmitida na quinta-feira (09) pelo YouTube da entidade (https://www.youtube.com/watch?v=X-WKSBV33vs&feature=youtu.be).
Mercado estável – Alexandre Garcia apresentou um conjunto de dados que demonstram estabilidade e solidez do setor imobiliário no Distrito Federal mesmo durante a pandemia pelo novo coronavírus. Responsável pela pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV), divulgada pela ADEMI DF, o estatístico comentou os resultados do IVV de maio, que alcançou 9,1%, recuperando parte das perdas impostas pela pandemia. O Opinião trabalha nos dados referentes ao mês de junho e a expectativa é que a sinalização positiva se mantenha.
“Em abril, havia muita incerteza. Em maio, registramos uma melhora na perspectiva do empreendedor. Essa consolidação positiva mostra a força do setor da construção e sua importância para a retomada da economia do DF”, afirmou Garcia, destacando que o auge dos efeitos do isolamento social foi percebido pelo setor em abril. Para o presidente da ADEMI DF, o desempenho do segmento deve-se ao fato de a incorporação e construção terem sido autorizadas a manter as obras em andamento pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e também à solidez das empresas, que conseguiram atravessar o período mais crítico com algum fôlego.
Os dois executivos chamaram atenção para a tendência de valorização do imóvel, fruto da demanda aquecida e da redução na oferta de unidades residenciais. “Em maio, atingimos o menor nível de unidades em oferta, um estoque baixíssimo para o DF”, comentou o CEO do Opinião. “Apesar da gravidade da crise, não foi revogada a lei da oferta e da demanda. O mercado demonstra tendência de recuperação e haverá grande valorização do imóvel ainda em 2020”, prevê o presidente da ADEMI DF. O mercado imobiliário fechou maio com 2.423 unidades residenciais à venda.
Monitoramento feito pelo Opinião para a ADEMI DF registra um aumento de 43,2% nas visitas espontâneas aos estandes e de 35,1% no atendimento presencial na segunda quinzena de junho. Com a retomada de diversas atividades no DF e a população buscando normalizar a rotina, o atendimento virtual caiu de 48,8% em maio para 38% em junho.
Imprensa Ademi-DF