“TEMOS UM OLHAR MAIS AMPLO E CONSCIÊNCIA DE QUE PODEMOS COLABORAR COM A SOCIEDADE”, DIZ O PRESIDENTE DA ADEMI DF

23 jun 2021

Ações para estimular o mercado imobiliário e contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal, reforçadas por iniciativa de responsabilidade social focadas no relacionamento com a população estão no topo da agenda a ser cumprida pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF) que empossa sua Diretoria Plena e Conselho Fiscal para o biênio 2021/2023 nesta quarta-feira (23/06). Reconduzido para o segundo mandato como presidente, o empresário Eduardo Aroeira Almeida faz um balanço da primeira gestão e sinaliza as prioridades na atuação do colegiado.

“A ADEMI DF tem linhas mestras que são perenes, como lutar pela legalidade, representar e filiar empresas tradicionais e sólidas, a preocupação com o futuro do DF. Essa espinha dorsal permaneceu no nosso primeiro mandato e será âncora da nova gestão, avisa. “Estamos preparando passos novos e queremos potencializar o engajamento de nossas empresas, que já têm uma atuação em benefício da sociedade. Queremos fazer mais”. Leia a entrevista:

 

Quais os planos para a segunda gestão?

Eu vejo o futuro como uma consolidação do primeiro mandato. Nós continuaremos lutando pela melhoria da imagem do setor imobiliário, demonstrando sua responsabilidade social sem esquecer que nosso grande retorno para a sociedade é o trabalho sempre dentro da legalidade, pensando o desenvolvimento ordenado do DF, gerando emprego e renda. Não podemos deixar de mostrar, entretanto, que temos um olhar mais amplo e consciência de que podemos colaborar com a sociedade do Distrito Federal não só com o trabalho diário, que já é importante, mas também ações pontuais e recorrentes que possam amenizar as dificuldades em um país com tantas limitações, principalmente de infraestrutura, educação e saúde. Nossas empresas têm engajamento e podemos cumprir um papel mais amplo nesse sentido. Nós também pretendemos fortalecer a imagem da ADEMI DF como entidade representativa do mercado imobiliário. Vamos lançar o Prêmio ADEMI DF de Mérito Imobiliário e realizar a Semana do Imóvel, evento para dinamizar o mercado. A primeira acontecerá já no segundo semestre.

 

A primeira gestão teve início em meados de 2019, antes da pandemia. Quais eram as metas?

Nós assumimos em meio a uma expectativa de melhora do mercado imobiliário, que começava a reagir depois de um longo período de crise econômica desde 2014. Essa perspectiva de recuperação estava colocada e nós queríamos trabalhar pela desburocratização, para permitir que essa melhora se concretizasse sem enfrentar gargalos estatais. Nós tínhamos três principais metas, que para mim eram grandes metas. A primeira, propor a criação de um novo bairro, com uma visão de expansão ordenada do Distrito Federal. É o projeto do Jóquei Clube, voltado à classe média do DF e considerando que os terrenos à venda em Águas Claras estão perto do fim. A segunda meta era trabalhar pela entrega da infraestrutura do Noroeste, que àquela época era muito ruim. Assumimos com foco em uma atuação institucional junto ao governo do Distrito Federal para que entregassem tanto aos moradores quanto ao empresário tudo o que foi prometido. Nossa terceira meta era a criação de um programa habitacional de interesse social no DF, para atender a população de baixa renda, que precisa de moradia digna. Essas eram as metas, além de repetir e ampliar eventos que pudessem demonstrar para a sociedade a importância que a ADEMI DF tem. Eu tinha consciência da necessidade de uma melhoria na comunicação da ADEMI DF, que era feita de forma muito profissional, mas menos intensiva do que eu julgava necessário, tanto no ambiente digital quanto no relacionamento com a mídia tradicional. Na minha percepção, as pessoas não tinham a dimensão do trabalho desenvolvido pela entidade e precisávamos mostrar. Assim, além de todo o trabalho que já era feito, eu queria apresentar alguns eventos que pudessem colocar o mercado imobiliário e a ADEMI DF ainda mais em evidência. Esse era o plano inicial, quando eu tomei posse.

 

Qual o impacto da pandemia na atuação da entidade?

Na minha visão, a pandemia acrescentou tarefas e acelerou processos. Dos três grandes projetos que nós tínhamos, dois foram entregues: a infraestrutura do Noroeste melhorou muito e falta apenas a implantação do Parque Burle Marx. Nós vamos lutar para que o parque seja entregue como prometido. O projeto do Jóquei Clube, que está bem encaminhado e será entregue ao Governo do Distrito Federal até o final desse ano para que seja feita a licitação. Faltou a meta da habitação de interesse social e por questões fora da nossa governança. Nesse período houve uma questão estrutural com o programa Minha Casa Minha Vida, agora Casa Verde e Amarela, que enfrenta dificuldades em todo o país. Isso impediu aprimoramentos também aqui no DF. Posto isso, todo o trabalho que realizamos em benefício do associado foi para destravar o mercado, reduzir o excesso de burocracia. Tivemos um grande incremento, que foi a conscientização, o engajamento e a geração de informação para as empresas continuarem trabalhando durante a pandemia; construímos o convencimento do governo de que as empresas poderiam continuar trabalhando durante a pandemia com segurança. No início da pandemia, nossas reuniões passaram a ser semanais, tamanha a quantidade de informação e orientação necessárias para que nossas empresas pudessem atuar da melhor possível, sempre com foco na proteção da vida dos colaboradores e redução dos riscos de transmissão do vírus. Então, na verdade, a pandemia trouxe um acréscimo de trabalho e de cuidado, mas também acelerou o processo de inversão digital e de comunicação no nosso setor.

Durante a pandemia nós passamos a ser mais digitais. Na ADEMI DF, 100% das reuniões foram digitais, as mídias sociais passaram a ser uma ferramenta de comunicação importantíssima com a sociedade. Em tempo de pandemia, comunicação tornou-se ainda mais importante. Por isso, passamos a fazer lives, passando conteúdos para nos comunicarmos com o associado, com atores do mercado imobiliário e do poder público, com toda a sociedade. Conjuntamente, aquele planejamento de eventos que pudessem dar visibilidade ao mercado imobiliário também foi executado.

 

O que foi possível realizar em meio ao distanciamento?

Fizemos eventos estratégicos que, nesse ambiente, ganharam contornos emblemáticos, pois aconteceram 100% online. Eu destaco o Segundo Seminário Jurídico, que foi realizado em parceria com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção, entidade nacional do setor), onde tivemos mais de 400 participantes em todo o Brasil. Outra inovação foi o primeiro salão 100% digital, realizado pela ADEMI DF em parceria com o Wimoveis. Mesmo na pandemia foi um evento de grande porte, que mobilizou o nosso associado, obteve uma grande divulgação em mídia tradicional e no ambiente digital. Tivemos parceria com o BRB e a Rede Record de Televisão. Colocamos a ADEMI DF evidência. A pandemia trouxe um acréscimo de responsabilidades e, apesar dela, conseguimos entregar grande parte daquilo que esperávamos, fortalecendo a entidade e gerando valor para o nosso associado, retribuindo a confiança.

 

Qual a importância da recondução?

Essa recondução me orgulha bastante, pois aconteceu de forma natural. Fui procurado por diversos associados que pediram para permanecermos e continuar uma gestão que consideraram muito boa. Isso nos enche de orgulho, mas também de muita responsabilidade, sabendo que temos mais dois anos para retribuir essa confiança, melhorar ainda mais a imagem do mercado mostrando para sociedade sua importância e tentando inovar. A pandemia também nos trouxe uma série de oportunidades, entre elas demonstrar que as empresas associadas têm uma visão social muito apurada. Tivemos a oportunidade de auxiliar as pessoas de maneira direta e não relacionada a nossa atuação no dia a dia. Foram doações de máscaras, álcool em gel, respiradores, insumos para hospitais. Tenho muito orgulho de ter coordenado, junto com o Sinduscon-DF, a campanha para arrecadação de recursos para a construção do Hospital Acoplado de Samambaia. É um hospital que fica como legado, é definitivo e ficará para a população mesmo quando a pandemia for controlada. Foi uma oportunidade de mostrar à sociedade o quanto nossas empresas têm responsabilidade social e isso abre um caminho, uma visão de que o segundo mandato pode apropriar esse atributo de forma mais claro, tanto para os nossos associados quanto para a sociedade. É importante mostrar que empresas que já trabalham na legalidade, gerando emprego e renda, também se engajam no relacionamento com a população, entregando benefícios de outra ordem.

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Imprensa Ademi-DF

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