EM LIVE DA ADEMI DF, SEDUH ANUNCIA CRIAÇÃO DE COMITÊ GESTOR PARA ACOMPANHAR PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO SETOR COMERCIAL SUL

02 out 2020

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Governo do Distrito Federal (SEDUH/GDF) anunciou a criação de um comitê gestor para aprofundar a discussão técnica do projeto Viva o Centro e as soluções pensadas para a requalificação do Setor Comercial Sul de Brasília. “A ideia é que seja um grupo paritário, com todos os segmentos envolvidos, para ampliarmos o debate e envolver a sociedade”, afirmou o secretário Mateus Oliveira na manhã da quinta-feira, 01/10, durante o ADEMI Debate.

O titular da SEDUH afirmou que o cronograma estabelecido para o projeto não impedirá a discussão nem o aprimoramento da proposta. “A hora é de fazer e não vamos nos omitir, queremos ouvir sugestões para aprimorar o que for possível”. O GDF, que realizará audiência pública no final de outubro, trabalha para enviar a proposta final do projeto à Câmara Legislativa até o final de novembro.

Promovido pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF), o debate foi transmitido ao vivo pelo canal da entidade no YouTube. Além do titular da SEDUH, participaram o presidente do Sinduscon DF, Dionyzio Klavdianos; o presidente do SECOVI DF, Ovídio Maia; o presidente do CODESE DF, Paulo Muniz; e o arquiteto e professor da UnB, Ricardo Trevisan. Mediado pelo presidente da ADEMI DF, Eduardo Aroeira Almeida, o debate durou duas horas.

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“Esse é um tema de grande relevância, que vamos acompanhar de perto, coerente com a nossa atuação em defesa do desenvolvimento ordenado, dentro da legalidade e com qualidade de vida para a população do Distrito Federal”, disse o presidente da ADEMI DF. “O caminho que levará Brasília a cumprir todas as suas potencialidades deve ser amplamente discutido e definido em conjunto com toda a sociedade”, comentou.

Em sua apresentação, Mateus Oliveira elencou algumas das premissas do projeto, entre elas fomentar investimentos para a sustentabilidade da região; combater as causas de degradação urbana e preservar o patrimônio cultural de Brasília. Segundo ele, entre os objetivos do Viva o Centro estão consolidar o Setor Comercial Sul como referência em cultura e inovação; requalificar os espaços urbanos de Brasília; renovar edificações degradadas e obsoletas; proporcionar espaços de convívio e diversificar usos, visando evitar o esvaziamento da região fora dos horários de trabalho.

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O secretário também abordou as linhas gerais da flexibilização do uso comercial para residencial nas quadras 1 e 6. A proposta é permitir até 30% de ocupação residencial, com unidades de até 60 metros quadrados e sem garagem, voltadas para um público-alvo formado por estudantes e profissionais jovens. A exploração desse novo uso pelo empreendedor exigirá o pagamento de outorga onerosa ao GDF, que aceitará a doação de unidades para habitação de interesse social.

Mais que moradia – Os painelistas concordaram em torno da necessidade de requalificar a região, melhorando suas condições de acessibilidade e segurança, enxergando potencial para maior desenvolvimento econômico do Setor Comercial Sul. Em um debate plural, eles também convergiram em torno do aprofundamento da discussão dos aspectos sociais, para a busca de soluções que atendam a população já instalada na região.

“É a primeira vez que temos um projeto completo e bem elaborado, que entende a questão de acessibilidade e se preocupa com o morador de rua, os ambulantes e empresários locais”, avaliou o presidente do SECOVI DF. “Temos muito morador de rua e ambulante poque a taxa de desemprego é muito alta no Brasil, em Brasília. Nós precisamos gerar emprego e renda formal, não estimular a favelização que acontece em Brasília”, opinou Paulo Muniz. “Esse debate é muito rico. É importante ouvir e, naquilo que for relevante, aprimorar”, ponderou Dionyzio Klavdianos.

“Do passado ao presente, vivemos tempos pandêmicos e neste sentido, questiono: seria o momento oportuno para se discutir tal requalificação do SCS? Condicionados todos a um momento de isolamento social, como poderemos ter efetivamente a participação coletiva quando tal debate ocorre somente pelos meios virtuais?”, questionou Ricardo Trevisan, que traçou um panorama histórico da experiência de requalificação de centros urbanos. Para ele, o Setor Comercial Sul pode abrigar atividades ligadas à tecnologia, com funcionamento 24h.

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Para o presidente da ADEMI DF, o debate iluminou diversos aspectos importantes e deve ser ampliado. Segundo ele, os empresários do mercado imobiliário podem dar uma grande contribuição na discussão da flexibilização do uso e de como implantar unidades residenciais no Setor Comercial. “Essa é uma discussão técnica que deve ser feita com transparência e escuta, ouvindo todos os setores interessados e a população. O Setor Comercial pode recuperar seu papel de importante polo no centro da cidade”. A ADEMI DF, informou, vai participar ativamente do debate e acompanhar o projeto.

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Imprensa Ademi-DF

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