NO JN, PRESIDENTE DA ADEMI-DF DISCUTE AS DIFICULDADES PARA EMPREENDER NO BRASIL

03 dez 2019

Infraestrutura, insegurança jurídica e excesso de burocracia são os principais gargalos enfrentados pela construção civil no Brasil, ampliando o desafio de empreender no país. Essa é a conclusão de Eduardo Aroeira Almeida, empresário do setor e presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI-DF), para quem o maior prejudicado por esse cenário é o consumidor, que acaba recebendo seu imóvel mais tarde e paga mais caro por ele. “Construímos os prédios e temos dificuldades de ter água, esgoto, luz. Temos, também, o grande problema e entrave dos cartórios, que são excessivamente caros e demorados”, afirmou em reportagem exibida na segunda-feira (02) pelo Jornal Nacional da Rede Globo de televisão. “Outro problema é a legislação muito confusa, que gera uma insegurança jurídica muito grande”, explicou.

A matéria repercutiu estudo inédito do Ministério da Economia comparando os custos de produção do Brasil com os de 36 países integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento, (OCDE). A construção civil é um dos setores da indústria apreciados para mapear o Custo Brasil. Segundo o JN, o financiamento é um dos principais entraves para os negócios no país: o crédito é caro e de difícil acesso ao empreendedor, que tem de atender muitas exigências. E quem empresta cobra mais para se proteger do risco de não receber de volta o dinheiro.

O estudo identificou outras 11 dificuldades, entre elas os encargos trabalhistas que, no Brasil, superam a média dos países da OCDE: as empresas brasileiras aplicam até R$ 320 bilhões a mais para contratar e qualificar trabalhadores. A matéria revela que o custo Brasil alcança hoje R$ 1,5 trilhão, o equivalente a 22% do PIB.

Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins declara surpresa com o peso do Custo Brasil. “Esta ineficiência da economia faz com que o emprego seja menor e que as pessoas tenham menos acesso a tudo. Sabíamos que ela existia, porém não sabíamos o tamanho, a dimensão que tomou esse número. E hoje ao olhar para ele, é claro que tem que se tomar medidas urgentes a respeito disso”, avaliou.

A reportagem também ouviu o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, para quem o governo está adotando medidas para reduzir os custos e aumentar a competitividade. “Vamos começar agora o maior programa de qualificação de mão de obra da América Latina, que deve chegar a mais de dois milhões de pessoas com efetividade. Estamos trabalhando em vários marcos regulatórios como, por exemplo, a lei do saneamento, muito importante para mais da metade da população brasileira. E, na área de juros, o custo de financiar o negócio, o equilíbrio fiscal e mais concorrência bancária tem viabilizado uma redução da taxa de juros e muito mais ainda virá”, afirmou.

 

Assista a reportagem aqui: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/12/02/para-produzir-setor-produtivo-do-brasil-paga-mais-que-outros-36-paises.ghtml

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